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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mar


"Foi assim como ver o mar. A primeira vez que meus olhos se perderam no seu olhar."

domingo, 22 de novembro de 2009

Borboletas Amarelas


"Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa tu és o mundo" Gabriel Garcia Marquez


Ontem tive um sonho. E você estava linda nele. Dançava em meio a um campo repleto de flores multicoloridas e acompanhada de pequenas borboletas amarelas. Não sei se você sabe dançar ou se alguma vez você dançou daquele jeito, mas no sonho você estava simplesmente encantadora.

Seu cabelo estava ornado por com flores amarelas e se movia como aquelas gravações em super velocidade. Percebia o movimento em detalhe de cada mecha de seu cabelo refletido ao sol. Cada olhar, cada movimento dos lábios, da boca, das mãos, das pernas... o corpo interpretava o vento como se a harmonia de uma orquestra lhe guiasse pelo espaço. Algumas vezes te via em panorâmica em outras vezes te via em close, em detalhes. O vestido se fazia extensão de seu corpo e parte do vento.

As borboletas te acompanhavam naquela dança sinuosa e o sol se envergonhou por tamanha beleza. A ponto dos gira-sois virarem de costas para o sol, quase poente, e te admirarem em verso e poesia.

Não ouvia nada a não ser o som suave da brisa do seu cheiro misturado ao das flores da primavera, do bater de asas das borboletas e do pulsar de seu coração. A combinação destes elementos foi melodia mais profunda e inspiradora que já ouvi.

A outra parte do sonho vou te contar pessoalmente....

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vitória

Ainda de olhos abertos aquele pequeno corpo cai lentamente e repousa no chão. Ele fica paralisado ao ver os olhinhos dela se fecharem como se fosse a hora de criança esta na cama. A culpa o congela e ele permanece parado no beco. Larga a pistola cromada ao chão. Se desfaz do fuzil pendurado no ombro e a mochila carregada de granadas, drogas e um desenho de sua filhinha despenca de suas costas. Um tiro rasga lhe o braço esquerdo e ele permanece imóvel. Outro tiro, agora de fogo amigo, transpassa e estraçalha o ombro direito . O sangue escorre como cachoeira. Seguem mais um tiro que lhe arranca a orelha e outro que desintegra a rótula e ele cai de joelhos. Como um tronco de árvore caído da floresta, ele não esboça nem uma reação. Nem dor. Nem medo. O tiro fatal lhe atinge as costa e se aloja no pulmão esquerdo ao lado do coração. Tomba ao lado do pequeno corpo. Sente falta de ar. Tenta respirar. Não consegue. Desiste. Antes das ultimas batidas do coração uma lágrima cai do olho. Os pensamentos todos vem com um bloco. A sua vida inteira passa por sua mente no tempo de uma batida de coração. E a culpa lhe apaga a luz. Leva lhe a vida. Não sabe que o responsável por aquilo não foi ele. Nem sabe o tenente recem-formado que atirou por medo naquele pequeno ser que tinha o mesmo nome de sua filha e da filha dele. Vitória.

sábado, 31 de outubro de 2009

Zeus em pele de Mortal

Conta a lenda que Zeus, certa vez, se vestiu de mortal em trages de mendigo. Ninguém o respeitava assim. O jogavam restos de comida, lixo e podridão. Sentiu então que o "poder" não está naquilo que se é, e sim naquilo que representa o ser. Não na essência e sim na aparência.
Assim sendo, criou eros e psique. Dois em um único ser. O que se é, e o que se representa em um só.
E o resto é pura mitologia.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu´s

EU, a soma de tudo que vejo. Nao quero tudo. Me satisfaco com um beijo, SEU...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Suspiro

"Quando voltar para casa e a parte mais incerta do dia."

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Finzinho de Tarde


Hoje fui caminhando do trabalho até em casa. Pelas ruas de portas fechadas os mercadinhos e butecos, escolas e igrejas, corações e mentes me mostravam a face fria da solidão. Circulavam nas ruas frias naquele finzinho de tarde somente poucos serem vindos de suas ocupações cotidianas. Somentes os cachorros andavam desprecupados. Dois dragões negros circulavam pelas ruas e levavam o incomodos no semblante das mães e de seus filhos que não tiveram aula por conta do clima guente. E ne os agasalhos esfriaram aquele clima. Eu tendo a lua, que acabava de surgir no horizonte, como companheira lembrei da sua doçura. E tudo se vez esperança...



quinta-feira, 16 de abril de 2009

A pior distância é aquela que se mede por apenas um abraço...




Era Uma Vez

Uma Lua que nasceu de dia
Um poeta que bebeu perfume
Um gota que secou na pia
Uma estrela que era vagalume
Uma fruta que ficou madura
Um cavalo que dormiu de quatro
Um covarde que partiu pra luta
Um Deus que cometeu pecado

Era uma vez...
Era uma vez...
Que é, que é, que é, que era uma vez

Um segredo que ninguém sabia
Uma onda que morreu na praia
Um problema que não existia
Uma estrela quando o dia raia
Uma roupa que saiu de moda
Um camelo que sentia sede
E um sonho que já não importa
Uma pedra que virou parede

Fugiu de casa muito cedo
O trem levou pra muito longe
Uma nuvem que pousou na Terra
Um amigo que virou amante
Uma cena que saiu da tela
Um vida que seguiu adiante

Era uma vez...
Era uma vez...
Que é, que é, que é, que era uma vez

Titãs

terça-feira, 14 de abril de 2009

Lopes: o palhaço mais triste do Circo Encantado


Lopes puxa o seu burro-sem-rabo durante a madrugada. O silêncio intercalado pelos ruídos dos carros se misturam e invadem a sua mente.

Olha nas ruas e percebe os moradores de ruas, alguns são amigos seus. A rua é fria nestas manhãs. O frio galopa por suas pernas e segue em direção a sua coluna se perdendo num suspiro de saudades de não sabe o que.

Encosta a carrocinha na calça, senta-se no chão e, de súbito, lembra o seu tempo de criança no interior de Pernambuco.

Família humilde, 12 irmãos dos quais 4 não vingaram, morreram ainda anjinhos. O que o pai tinha de rude e áspero a mãe tinha de doce e compreensiva.

Aos 12 anos falou para o pai que tinha o sonho ser ator e escritor. Tão rápido desfez o sonho quanto ganhou o tapa que no rosto.

“ – Filho meu tem quer ser homem. E trabalhar trabalho de homem. Estudar e ser ator são pra filho de Doutor. Vai já pra roça e traga o nosso sustento e deixa de bobeira!”

E Lopes foi...carregando a fúria em seu peito de não saber por que tinha levado uma tapa. Foi trabalhar no roçado. Trabalhou tanto que as suas mãos se fizeram carne viva. Mas o ódio que sentiu com a atitude do pai adormeceu as suas mãos. E dormente ficou o seu coração. Naquele dia trabalhou ate que o sangue pintasse o cambo da enxada. E trabalhou ate os machucados virassem calos e os calos tornassem a sangrar. E assim se seguiram os dias.

Tamanha eram a raiva e a tristeza de Lopes que nem o carinho da mãe o curava do que estava sentimento.

E os anos passaram...quatro invernos de trabalho forçado. Sempre prisioneiro de um mundo que não era o seu. Sozinho arou todo o terreno, pintou a casa, fez toda a cerca e cavou o posso. Cheio de palavras sufocas estava o seu pequeno caderninho que guardava a sete chaves.

Para sua sorte ou azar apareceu um circo mambembe na cidadezinha onde morava. Foi quando conheceu Adriana. Ajudante de mágico e trapezista. Só a viu uma vez. Mas foi o suficiente para ele largar tudo e ir atrás do circo.

domingo, 12 de abril de 2009

Cadernos de Antonio



Para Madaleine


No fim tudo perdeu o sentido,

Tudo que antes era certeza;

Se tornou turvo pela indecisão.

Falo de um tempo que sonhava com teu olhar.

Que ficava te esperando horas sem fim,

Só para te entregar uma flor,

Que colhi no caminho.

Agora a beira do abismo

Sinto algo que não foi completo.

Nem tão intenso como o meu coração queria

A amante transformada no amado

Só existiu em meu coração.

Hoje o tempo corre,

Corre moto, carro, avião.

eu parado na imensidão.

Não sabia que minha mente era tão sem fim.

Fico perdido em todos os labirintos

Criados por mim.

E assim vou seguindo...

Procurando a amada perfeita.

Deixando o meu amor pelo caminho.

Perdido em ilusão.


De Antonio

sábado, 11 de abril de 2009

Onde eu estou não é onde o meu coração quer estar...


Ela une todas as coisas

Ela une todas as coisas
como eu poderia explicar
um doce mistério de rio
com a transparência de um mar ?

Ela une todas as coisas
quantos elementos vão lá Â…
sentimento fundo de água
com toda leveza do ar

Ela está em todas as coisas
até no vazio que me dá
quando vejo a tarde cair
e ela não está

Talvez ela saiba de cor
tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar !
Ela só precisa existir
para me completar

Ela une o mar
com o meu olhar
Ela só precisa existir
pra me completar

Ela une as quatro estações
Une dois caminhos num só
Sempre que eu me vejo perdido
une amigos ao meu redor

Ela está em todas as coisas
até no vazio que me dá
quando vejo a tarde cair
e ela não está

Talvez ela saiba de cor
tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar !
Ela só precisa existir
para me completar

Ela une o mar
com o meu olhar
Ela só precisa existir
pra me completar

Une o meu viver
com o seu viver
Ela só precisa existir
para me completar


Jorge Vercilo

terça-feira, 31 de março de 2009

Um amor realmente seu



Madeleinne caminhava com passos apertados em direção a sua casa. Levava em seu peito todos os sonhos encharcados com aquela chuva em pelo maio. Quando ela foi ao encontro de seu amor o dia estava lindo. O sol aquecia tanto que dava aquele arrepio na espinha que se misturava aos calafrios de encontrar o seu amor depois de um mês de viagem.
Agora a chuva cai. E cai também as lagrimas de seus olhos. As poças se formam no chão. Não se sabe o que é chuva ou lágrima. E apertado em seu peito o caderno cheio de poesias. Agora manchadas pelas lagrimas de chuva. A camisa branca deixa transparecer o seu dorso, seus ombros, o seu colo. O caderno protege os seios não por pudor, mas por intensa tristeza. E quando mais aperta as poesias em seu peito, mais chora e mais chove.
A chuva que escorre da lente de seus óculos turva o caminho. Ela não consegue enxergar aonde quer ir. As cartas ainda não lidas e aquelas ainda não escritas caem de seus braços. Seu corpo cai também. Os óculos em centenas de pedaços se perdem com a água em direção ao bueiro junto ao emaranhado de folhas de um amor que era só seu.
Espanta-se ao ver sua imagem refletida na poça de lagrimas e chuva. Já não era mais uma menina. Madeleinne era uma mulher. A chuva parou. O tempo abriu. E o sol se mostrou em resplendor. E Madeleinne percebeu que o amor era realmente SEU.

terça-feira, 10 de março de 2009

Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher! Que é todo dia!


Para você...


Mais uma vez venho declarar o meu amor por você, Mulher. Declaro um amor amplo e irrestrito a este ser que quanto mais convivo, mais me confunde e também mais admiro, respeito e amo.A estas Mulheres da minha vida desejo que este Dia Internacional das Mulheres se repita dia-a-dia como exemplo de respeito, ternura e força.Saiba que para além de nossas diferenças, vejo e admiro tua determinação, lutas e conquistas.Como um ser apaixonado por você Mulher, desejo:

Que encontre uma grande amor.

Que consiga uma colocação profissional.

Que seja mãe.

Que seja independente.

Que se case.

Que olhe no espelho e vejo o como você é linda.

Que "naqueles dias" os seus dias sejam fantásticos.

Que os homem de sua vida entendam que não dá para ser super-mulher todos os dias, ás vezes você precisa de colo.


E acima de tudo, que seja Mulher com M maiúsculo. Com toda a beleza e inteligência que me deixa de boca aberta.


Virginia Woolt:"Como mulher eu não possuo país. Como mulher, meu país é o mundo todo."


Beijos,

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quarta-feira de Cinzas


"A coragem é a primeira qualidade humana, pois garante todas as outras." (Aristóteles)
Logo no finalzinho do carnaval presenciei uma cena que me fez pensar. Era um menino de rua que dormia abraçado em "sua" fantazia. Começei a rever todos os momentos de intensa alegria e zuação que vi neste carnaval. A galera que ficava o dia todo na praia. As fantazias multicoloridas dos foliões. O fervo dos blocos de carnaval. A animação das crianças com suas roupas de surper-homem, pirata, bailarina, homem-aranha e de fadinhas. E os adultos se fazendo crianças com mais uma outra infinidade de cores e formas. Os marmajões vestidos de mulher e as meninas com aquelas roupas de muita sensualidade. Neste momento as pessoas estão extremamente exitadas com a possibilidades de relacharem das suas vidas cotidianas. Muita bebida, samba e funk. Nestes momento todos os personagens são muito parecidos. O médico, o juiz, o arquiteto, o pedreiro, o gari. A exitação transcendes os problemas cotidiano. E o menino continuava agarrado com "sua" fantazia que era sobra de aldereços de alguma escola de samba. A sua fantazia era mais...muito mais. Era um porto seguro. Aquele objeto o fazia um ser notável. Talvez ele agarrace aquele adereço como uma prova real de ele era uma criança. Como tantas outras vestidas de pirata, bailarina ou super-homem....

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eu também queria entender




Eu Só Queria Entender

Ah, será que ninguém percebeu que estamos girando no mesmo lugar?
Regredindo no tempo sem saber aonde nós vamos chegar?
Maltratando a Mãe-Natureza e esse imenso altar?
Impondo a miséria no mundo em nome de um tal "bem estar"?

Eu só queria entender o porquê

Ah, será que um dia uma estrela-guia virá pra mostrar o nosso papel:
Que a vida é uma linha fininha e o homem é o seu carretel?

Eu só queria entender o porquê
Eu só queria entender o porquê

Ah, será que o sentido da vida é viver o prazer de ostentar o poder?
E depois, ao final, quando tudo acabar, o que vamos fazer?
Eu espero que o homem perceba que assim está se matando
Acabando com o mundo, sem ter, nem porque, é a razão de um insano

Eu só queria entender o porque de viver
Eu só queria entender o porque pra viver
Eu só queria entender o porque pra dizer:
Eu só queria entender o porquê

Frejat

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Passo as tardes pensando...


Luz Dos Olhos

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha...

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!

Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando

Te telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora....

E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu grito também!
Hei! Hei!...

Nando Reis

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Extraterrestre


Demimesmo


Certos dias na vida da gente, parecem que não aconteceram realmente. Você não se reconhece naqueles dias. E olha que você passou o dia inteiro consigo memo. O caminho de ia pra o trabalho parece inexistente nas suas lembranças. De um instante para outro você pula da sua chegada ao trabalho para o almoço e assim se vai o dia a passando pela a ida a faculdade e a volta pra casa já tarde da noite. Mas estes extraterrestres que tomam conta do nosso corpo durante as atividades cotidianas, nos deixam livres em alguns momentos. Pode ser quando um colega de trabalho conta uma piada; pode ser quando você pensa naquela pessoal especial e decide escrever alguma coisa em seu Orkut ou blog ou estar simplesmente pensando nela e pelo fato de você ser querido por alguém. Nestes momentos, você se sente mais forte, mais feliz e mais confiante nas coisas do dia seguinte. Às vezes acho que me comporto um pouco diferente disso. A maioria dos meus dias e das minhas horas são como se estivesse realmente onde estou. Que doidera né, acho que sou extraterrestre de mim mesmo...hahaha.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

"As pessoas...


Meu Mundo

Desde sempre percebo que as pessoas carregam mundos inteiros dentro de si. Muitos sentimento e sensações que dizem e se contradizem o tempo todo. Por isso é tão difícil entender completamente o outro. Pois sempre partimos da nossa construção de mundo. Construímos o nosso mundo particular de acordo com nossas experiências de vida.

Às vezes até a construção de nada, também é responsável por nossa formação de mundo. O fantástico é que nem nos mesmos conhecemos este universo dentro de nós. Em certos momentos, quando já sentimos todos os sentimentos, vem um alguém que faz o seu mundo completamente inesperado. O coração bate mais rápida, a boca fica seca e as pernas tremem sem parar. É como se nós tivéssemos subindo uma montanha do tamanho do Everest de uma vez só em busca uma coisa inominável. Mas que nos impulsiona até o topo.

De vez em quando nós ficamos nos perguntando se esta jornada vale a pena, porém ao mesmo tempo esquecemos sobre o que estávamos nos perguntando e seguimos em frente. Sinto que no fundo, por mais diferente que sejam os nossos mundos, buscamos sempre algo que nos faça descobrir dentro de nós mesmos uma novidade, um olhar diferente ou um outro aroma. Eu busco você. Um outro mundo inesperado e inexplorado. Que faz o meu mundo único.