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domingo, 26 de setembro de 2010

B612: Antes que a noite termine....




"A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão."
Mário Quintana


Antes que a noite termine...antes que pela correria cotidiana eu me esqueça de te dizer que és quem me faz ser melhor e é por quem perco o medo de ir em frente, de ultrapassar os desafios...de voar...

Tem dias que o dia passa muito rápido. Como o dia de hoje. E ao se perguntar o que foi feito, só se pensa no amanhã. Na próxima vez que verá um sonho ao real.

E no hoje, embora tenha se descoberto a cura da fome; se pintado a paz mundial ou se discutido sobre as questões universais que conduzem a alma humana, eu só penso no amanhã.. na luz dos olhos do amanhã...nos cabelos que balançam ao vento do amanhã...na beleza que transita entre os corredores incertos do amanhã...nas cores do amanhã...

E isso estremece todo o meu hoje.

sábado, 18 de setembro de 2010

B612: Um dia comum...


Ela quando caminha pelo corredor transforma tudo ao redor. Nada fica como sempre foi...o tempo pára como se estivesse encantado. O balanço do seu caminhar é ritmo e melodia do mar. Ondas que carregam em si a força de um oceano. Ela pára, olha pra frente...não para a porta de vidro; não para a janela ao lado da porta do banheiro; não para a paisagem que se modifica constantemente. Ela olha para o tempo...e ele, o tempo, cai em contentamento...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

B612: Um conversa que (quase nunca) existiu...

- Me dá um Abraço?

- Sim claro. Mas o porque do abraço?

- É uma forma de dividir vibrações com você. Tantos as mais alegres e felizes, quanto as mais tristes e angustiantes. Divide-se as vibrações, pois os dois corações batem como em um só. No mesmo compasso.

- Sempre escrevo textos e scraps com pensamentos para você né. Hoje eu quero fazer diferente. Vou te falar um pensamento que tive no finalzinho do expediente.

- E?!? Então fala:

Sou um  tipo de cara  que quando vê um incêndio em uma floresta corre até o rio para pegar um pouco de água. E mesmo que não encontre, balde, panela ou copo, pega um pouco de água  com as mãos e corre para apagar o fogo. Ainda que o rio esteja a 50 metros da árvore. A essa distância as mãos não conseguem reter água o suficiente para jogar. Ainda sim,  eu pego um pouco de água e caminho ate a árvore e mesmo não restando quantidade nenhuma, passo as mão molhadas no tronco. Faço isso não para apagar o fogo, é mais para aliviar um pouco o que a árvore esteja sentindo. Sei o quanto a árvore é  forte e que vai se sair bem deste incêndio, pois já houveram outros incendios em sua vida de planta. Trago nem que seja as mãos molhadas só para mostrar para ela que por maior que seja o incêndio, eu vou sempre estar  por perto acreditando em sua  força de árvore e queimando as mãos por ela se for preciso.”

- Bonito, mas não entendi.

- Você vai entender quando a primeira faísca  começar e você me encontrar lá, Flor.

domingo, 5 de setembro de 2010

...seus olhos de liberdade...



(...) seus olhos de liberdade que percebo em alguns momentos. Ao ver este seu olhar, me vem a cabeça a imagem daquele estrangeiro que esta perdido em uma terra distante, sem família, sem amigos.  Quando de repente encontra alguém  conhecido e muito querido na multidão de pessoas estranhas. 


Ou quando alguém realiza um sonho que de tão difícil, já havia esquecido. 


Ou quando você se sente muito triste pelos caminhos que a vida te leva e de forma inesperada recebe uma florzinha de uma criança que brinca em um parque de diversão a qual você nunca viu na vida. 


Ou quando consegue ver , em alguém muito especial, os seus olhos de liberdade do jeito que só você sabe ver.....


Olhos estes quase perfeitos. 


Olhos de sonho, de musa, de vento, de flor, de tempo, de mar, de eternidade...só seriam perfeito por completo, se fosses capturados em uma fotografia, ou impressos em um quadro ou eternizados em uma película de cinema. Então seriam perfeitos, universais e inspiradores. O que para mim já os são...