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domingo, 29 de agosto de 2010





"Se alguém ama uma Flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. E pensa: minha Flor está lá...em algum lugar..."


Antoine de Saint-Exupèry



domingo, 22 de agosto de 2010

No front: "Ela esta em todas coisas. Ate no vazio q me da quando vejo a tarde cair e ela nao esta." J.V. ;o)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Boa Noite Florzinha....

Anne Geddes


“Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.” 
(Clarice Lispector)


Que saudades que sinto da minha Florzinha.

Sementinha única e mais nova da minha Irmã-Flor.

Sinto falta das melodias com que ela me acordava. Às vezes o choro de fome, em outras vezes aquele risinho doce de Menina-Flor que preenchia todo espaço do meu despertar, e vez e outra, algumas palavrinhas indecifráveis que só o coração de mulher (mãe e irmã) conseguiam entender.

Esta saudade que sinto é como elástico preso ao coração. Quando estávamos juntas, eu a Menina-Flor e a Irmã-Flor sentia-nos relaxadas e completas.

Com a distância, a saudade puxa mais para perto, pois é no coração que ela mora. Parece que me falta um pedaço. Mesmo sabendo que somos completas. Mas a vida de flor não é fácil não. A difícil tarefa de perfumar o mundo e dar beleza aos olhos dos seres não revela que em algumas momentos estamos tão tristes e não nos sentimos  tão belas. E mesmo assim aos olhos das abelhas, borboletas e beija-flores somos encantadoras. Ainda que suportando duas ou três lagartas em nossas folhas. Isso me faz pensar na Flor-Poetisa que disse certa vez: "Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."(Cecília Meireles).
 
Agora eu digo: “Boa Noite Florzinha. Quem fala é sua Tia-Flor que mora em um planeta muito distante. Do outro lado da rua.”
 


terça-feira, 3 de agosto de 2010

coisas simples




...queremos notícia mais séria/sobre a descoberta da antimatéria/e suas implicações /na emancipação do homem ...
Cassia Eller
Gilberto Santarosa



Surpreendente são as coisas simples. Como naquele fim de tarde em que te vi cruzando a praça, linda, com as mãos nos bolsos das calças, de mochila de cor preta nas costas, tendo o vento a acariciar os seus cabelos enquanto caminhava. 

Naquele instante, nem o carro de som que tocava  “jingles” insuportavelmente altos dos candidatos as eleições; nem o transito; nem a velocidade do ônibus em que eu estava; nem janela entreaberta e nem os dois segundos que te vi, me fizeram deixar de sentir a sensação de liberdade que tive quando te vi passar entre o trafego caótico dos meus pensamentos.