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quarta-feira, 21 de abril de 2010

No front:




No front: Vc, às vezes, me deixa meio besta...rs...me tira de forma. Imagino algumas situações em k isso poderia ser um problema ou no mínimo algo inusitado. 

Se eu tivesse marchando em uma tropa, dentro do exato movimento de esquerda-direita...esquerda-direita... Se eu te visse, certamente sorriria procê e em seguida tropeçaria. 

Se em frente a um pelotão de fuzilamento, percebesse vc, eu levantaria aquela faixa branca e olharia pra vc de um olho só. E por movimento espontâneo sorriria e deixaria o ultimo cigarro escorregar pelo canto da boca. Os soldados me olhariam confusos quando vissem o meu sorriso bobo de orelha a orelha e titubeariam antes de puxar os gatilhos, mas isso não importaria  pq eu já teria visto o meu ultimo desejo.

Se eu estivesse "no front" e visse o seu sorriso na lembrança, dançaria, feito bobo, igual aquele soldado no  "Valsa com Bashir". 

E se no momento crucial de "desarme" de uma mina terrestre eu visse o sorriso de seus olhos por detrás da poeira do deserto e do véu que encobrisse o seu rosto, eu ficaria com um sorriso em transe e ao invés do fio vermelho, puxaria o laranja, o azul, o amarelo e voaria nos céus. Como na praia de Copacabana no reveillon ou naquelas velinhas de bolo de aniversário que se projetam no céu em milhões de fragmentos iluminados. Milhões de “si mesmos”.

E com a ajuda dos ventos e do tempo, formariam bocas e sorrisos bobos de fumaça e luzes. E eu ficaria assim, meio besta...

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