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sexta-feira, 23 de abril de 2010

No Front: Teimosia

Prolixo eu?!? Claro q nao. Estou mais p teimoso. Tento descrever aquilo q nem as palavras e muito menos o espaco d um scrap conseguem decifrar. Experimenta escrever sobre um cheiro bom q te faz lembrar d alguem q faz lembrar d um dia especial d uma situacao d uma musica...sao coisa q nao terminam...repercutem em minha teimosia.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

No front:




No front: Vc, às vezes, me deixa meio besta...rs...me tira de forma. Imagino algumas situações em k isso poderia ser um problema ou no mínimo algo inusitado. 

Se eu tivesse marchando em uma tropa, dentro do exato movimento de esquerda-direita...esquerda-direita... Se eu te visse, certamente sorriria procê e em seguida tropeçaria. 

Se em frente a um pelotão de fuzilamento, percebesse vc, eu levantaria aquela faixa branca e olharia pra vc de um olho só. E por movimento espontâneo sorriria e deixaria o ultimo cigarro escorregar pelo canto da boca. Os soldados me olhariam confusos quando vissem o meu sorriso bobo de orelha a orelha e titubeariam antes de puxar os gatilhos, mas isso não importaria  pq eu já teria visto o meu ultimo desejo.

Se eu estivesse "no front" e visse o seu sorriso na lembrança, dançaria, feito bobo, igual aquele soldado no  "Valsa com Bashir". 

E se no momento crucial de "desarme" de uma mina terrestre eu visse o sorriso de seus olhos por detrás da poeira do deserto e do véu que encobrisse o seu rosto, eu ficaria com um sorriso em transe e ao invés do fio vermelho, puxaria o laranja, o azul, o amarelo e voaria nos céus. Como na praia de Copacabana no reveillon ou naquelas velinhas de bolo de aniversário que se projetam no céu em milhões de fragmentos iluminados. Milhões de “si mesmos”.

E com a ajuda dos ventos e do tempo, formariam bocas e sorrisos bobos de fumaça e luzes. E eu ficaria assim, meio besta...

domingo, 11 de abril de 2010

Reverbera no ar...


Em alguns momentos, por alguns instantes, a vida adiquire uma dimensão de gravidade zero. Nao adiantando bater os bracos como asas ou tentar nadar em pleno espaço. Simplesmente nao dá para sair do lugar sem usar qualquer base ou apoio. E por mais que voce se debata, as coisas nao vao mudar. Vc fica inerte em movimento, eternamente...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fragmentos de Sentido




Dia destes fui apresentado, por alguém muito especial, a uma exposição que tinha o vídeo como matéria-prima. Antes de dar  informações mais objetivas sobre a exposição, tentarei explicar o que é inexplicável, as sensações que tive. Quando perguntei o que teria em tal exposição, fui informado que não tinha o que explicar. Só que tinha sido uma experiência muito boa participar do evento. Fiquei encantado com o brilho no olhar quando falou que era uma exposição muito boa. Disse-me que: “Na vida, agente vê que algumas coisas são ruins e outras são boas. Esta é muito boa”.Entendi a linguagem subliminar do que havia me dito e resolvi participar da exposição. É isso mesmo, participar. Muito além da interatividade da gente tocar os objetos ou decidir o final de um filme, existia uma meta-interação ao participar do que era exposto. Brincar com sentidos e significados; luz e sombra; som e ruído; movimento e paralisia.
Depois do argumento utilizado fui participar do evento. Eu fui convencido (até parece que eu não iria) a entrar na fila. Foram aguardados uns dez minutos em frente a uma cúpula inflável. Parecida com aquelas piscinas de bolas para crianças. O que diferenciava era o formato de observatório astronômico e que a cúpula não era transparente igual às piscinas que as crianças adoram. Mas aguardando a minha vez eu me senti como criança esperando a vez de entrar em mais uma aventura. Fiquei mais ansioso por que tinha a possibilidade de eu não entrar sozinho.
A fila anda e na minha vez sou impedido de entrar, pois já tinha ultrapassado o limite de dez indivíduos por vez. Ainda não tinha sido daquela vez que eu entraria naquilo que era “muito bom”. Também fiquei meio triste, pois existia a possibilidade de participar sozinho da exposição. Eu não queria participar sozinho mesmo entrando com outros nove indivíduos. Porém entenderia muito bem se isso acontecesse. Afinal já estava a beira da rampa para saltar de asa delta. Só não teria ao lado quem me ensinou a voar.
Dez minutos passaram e entramos todos. Já não estava lá dentro sozinho. O clima do lugar era um pouco instigante e um bocado assustador; inesperado e excitante; um pouco disso e outro daquilo.
Ao meu lado tinha um par de olhos que olhavam (me desculpem o pleonasmo, mas este foi o melhor verbo que achei) para o céu que recebia a projeção de fragmentos de significados. Sempre acompanhados com algum som que casava com a imagem.
No inicio eram fragmentos de inicio de universos... brilhos, luz, explosão, estrelas, planetas...uma concha de retalhos da existência. Depois elementos, fogo, água, vento, nuvem...depois matéria viva, seres microscópios, células, bactérias...dois corpos, barrigas, braços, nucas...em seguida a junção de tudo isso. Corpos, luz, calor, frio, braço, sexo, seios, cabeça, lua, nuvens, estrelas. Em meio a uma profusão de sentidos e estilhaços de significados, que mais pareciam fragmentes de um espelho partido em milhões de constelações, o brilho das imagens refletidas em seus olhos me fazia mais sentido. Eu quase cheguei a entender para poder explicar o que eu havia visto naquele dia. E talvez, sem pretensão alguma, fosse compreendido se dissesse: “...amanhecer, sol, lua, mar...terra...”  e concordasse com a opinião ouvida anteriormente de que a exposição é muito boa.


Obs.: Alguns dizem que a arte imita a vida outros que a vida imita a arte. Eu digo que os dois são um só.

A exposição chama-se Roteiro Amarrado, uma retrospectiva do vídeo artista Eder Santos. E acontece até o dia 11 de Abril no CCBB do Rio de Janeiro. 

 
Maiores informações no site do CCBB:

http://www.bb.com.br/portalbb/home22,128,10151,0,0,1,1.bb?&codigoMenu=9887